devo pular de cabeça no meu negócio agora

 

Do ponto de vista econômico, não. Porém, se abrir e der certo, nada vai te segurar quando a economia voltar a subir com força.

Economia é ciclo, momento de alta, momento de baixa. Quem convive com mercado de ações entende disso melhor. Logo, não se desespere sobre questão de momento. Quem dera montar negócio só tivesse esse tipo de problema.

Montar negócio é questão de “você”, já falei inúmeras vezes isso aqui no “Professores”: se você gosta da “coisa”, suporta risco, sofre de sensação permanente de insatisfação e tem um sonho, então você é o cara!

Perceba que nenhum desses quatro características acima sofrem com o momento econômico.

Agora, se você quer ganhar dinheiro, quer um bom investimento, quer arriscar alguma coisa. Vixi!!!!  Tudo isso sofre muito com o momento econômico.

E mais, você está tão dessincronizado do rumo correto que talvez você não daria certo nem mesmo no melhor momento da economia. Pois esses motivos não são fortes o bastante para suportar os desafios de um negócio.

Enfim, voltando ao ponto que inspirou o começo desde texto: abaixo oferecerei algumas razões para “sim, abrir um negócio” e outras para o “não, esperar mais um pouco”. Depois você pode se decidir sobre se agarrar ou não à economia.

Sim – O mercado de recursos humanos está em baixa – Nossa, que expressão podre “mercado de recursos humanos”! Mas enfim, como os economistas a adoram, vou utilizá-la pelo menos dessa vez.

A verdade é que está mais fácil contratar gente boa agora. Eles estão aceitando salários menores também. E como ter bons funcionários é o melhor caminho para o sucesso, logo esse se constitui um bom momento.

Mas você tem que contratar pessoas de caráter e que tenham valores e objetivos congruentes aos da sua empresa. Além de selecionar gente com ótimas habilidades. E mais, tem que saber colocá-las nos cargos certos também.

Sim – Abaixo otimismo. Viva a realidade! – É perigoso administrar um negócio onde o dinheiro está vindo fácil a ponto de encobrir a realidade. Pois, quem vai se preocupar com sistematização, processo, automação e controles quando o dinheiro é abundante na empresa?

Estamos em um grande momento para “rastejar”, começar de baixo, certo e devagar. Com tudo organizado. Assim, quando o melhor momento econômico chegar, vamos crescer de forma consistente, com raízes e pés no chão sobre o que é o certo a fazer e o que é somente simples desperdício.

Sim – o mercado está ainda mais desassistido – Tem coisa que não muda no Brasil: o serviço é ruim e é para poucos, com economia pujante ou estagnada.

Os clientes estão mais seletivos, comprando menos e comprando devagar, mas ainda compram o que precisam ou até coisas supérfluas, mas de bom custo-benefício.

Não – Economia é igual projeção de vendas e de receita – O mercado está em baixa, todas as contas ficam mais difíceis de fechar, os clientes choram mais desconto, parcelam em mais vezes, sufocando mais seu caixa. Tudo piora, de verdade.

E é muito desanimador ver seu caixa diminuindo todo mês. E aí, nessa hora, batem ações de desespero. Estas nunca corrigem a trajetória do negócio, mas podem viciar seus clientes e estragar seu mercado (Ex. promoções de outlet que acostumam mal aos clientes).

E quem quer ficar perdendo dinheiro por meses e meses enquanto a economia não melhora? Preferível entrar na hora em que pelo menos ela sinalizar que vai melhorar.

Não – Os alugueis não condizem com as receitas – Ok. Você está animado para montar seu negócio, mas aí vem o dono da loja e te cobra 100 mil de luvas e 10 mil de aluguel. Você faz as contas e descobre que terá de vender dois vestidos por dia só para pagar aluguel!

O mercado imobiliário não está ajudando. Precisamos que os donos de imóveis caiam na real e saiam do momentum pré-copa. Isso não existe mais.

Não – O custo do empréstimo voltou a subir – Quando isso acontece, o banco empresta menos dinheiro, está mais exigente, subindo juros, o cheque especial fica mais caro, financiamento para negócio, que quase inexiste, fica ainda mais raro.

Menos financiamentos e empréstimo, menos crédito para o cliente, caixa mais apertado. E dificuldades de caixa é a maior ameaça de um negócio.

Agora é contigo. Todos os pontos são super relevantes e não podem ser contestados. Escolha em quais desses você quer se apoiar. Empreendedor ou não. Confiante ou não. Necessitado ou não. Só não vale se iludir.

Seja sincero com você mesmo. Porém, tente. Porque tão verdade quanto essas seis afirmações é que pessoas diferentes dão resultados diferentes. Com ímpeto, disciplina, cautela e fôlego você vai conseguir.

 

Ficaria imensamente grato se você pudesse compartilhar esse artigo com seus amigos.

Desejo-te foco, fé e força rumo aos objetivos de 2015.

Agradeço a atenção dispensada. Nos encontraremos no sucesso.